quinta-feira, 24 de março de 2016



Presidente Alexandre Lisboa fala sobre reunião com o secretário especial do Ministério do Trabalho e Previdência Social


Qual foi o objetivo da reunião que aconteceu na semana passada?
O objetivo da reunião seria com o ministro Rossetto. Nós encaminhamos o oficio por questão de hierarquia, de respeito, de autoridade ao ministro Rossetto para discutirmos sobre plano de carreira, sobre carreira dos servidores e suas consequências. O ministro gentilmente, acredito eu, pediu que o secretário especial, Carlos Gabas, que é um amigo da casa, é uma pessoa que a gente tem grande respeito, é servidor, inclusive associado da Anasps, nos recebesse. Talvez pelo fato de que as questões que afetam ao servidor sejam mais do conhecimento do secretário Gabas, que inclusive já foi ministro da casa.

O que foi apresentado ao secretário na ocasião?
Foi apresentado ao secretário que a Anasps vai continuar com a sua luta por uma carreira mais justa para o servidor, mais técnica, vai brigar pela sua inclusão como carreira típica de Estado. Apresentou linhas gerais ao projeto para que no segundo momento nossos técnicos, junto com o técnico do ministério, discutam a proposta apresentada para que não haja embate político, para que não digam que a Anasps foi ao Congresso Nacional brigar por uma carreira sem antes conversar com a Casa, que eu acho bem-vindo pelo o que eles possam contribuir para acontecer, nunca para impedir.

Qual é o atual andamento dessa proposta?
Essa proposta já está sendo elaborada pelos técnicos da Anasps. Nós estamos fazendo conversas políticas com alguns líderes do governo, com algumas lideranças parlamentares para que entendam a proposta, vejam a grandeza da proposta, vejam que essa proposta não tem só o aspecto do servidor, mas do engrandecimento da Casa, que entendam que a previdência é o maior programa de distribuição de renda do país, que tem uma capilaridade muito grande e que esse programa não pode diminuir. Ao contrário, que aquelas propostas iniciais de aumento da rede de atendimento, melhoria do atendimento, que é constante, não fique só na mão de um servidor abnegado que já faz muito bem, mas que a Casa seja estruturada - que esse servidor contribua mais com isso, que esse servidor seja motivado e que a carreira seja até atrativa para novos ingressos. Porque a gente vê muitas pessoas passando no concurso da Previdência e usando esse concurso como trampolim para outros concursos. Então o que acontece? Significa que a nossa carreira não é tão atrativa, pelo excesso de trabalho e baixa remuneração? Então tudo isso tem que ser discutido. A carreira tem que ter o seu devido valor, devido reconhecimento e que a gente consiga passar para eles o devido orgulho que a gente tem de ser servidor.

E quais foram as razões que levaram a Anasps a pleitear, a formular, discutir, elaborar e apresentar esse novo plano de carreira? A ausência do governo?

Eu não diria ausência do governo, eu diria que falta de ação do governo. Eu como advogado digo que existe uma ação chamada obrigação de fazer. Eu acho que a Anasps, como entidade preocupada tanto com o servidor quanto com a Casa, porque não existe um sem o outro, tudo que a gente entende que é bom para Casa, que isso vai refletir no servidor a gente faz uma provocação. Essa provocação, essa discussão, já vem de muito tempo, então nós estamos indo na frente e chamando o governo para nos acompanhar, que é algo que vai ser muito bom para a sociedade. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário