
Presidente Alexandre Lisboa fala sobre reunião com o secretário
especial do Ministério do Trabalho e Previdência Social
Qual foi o objetivo da reunião que aconteceu na semana passada?
O objetivo da reunião seria com o ministro Rossetto.
Nós encaminhamos o oficio por questão de hierarquia, de respeito, de autoridade
ao ministro Rossetto para discutirmos sobre plano de carreira, sobre carreira
dos servidores e suas consequências. O ministro gentilmente, acredito eu, pediu
que o secretário especial, Carlos Gabas, que é um amigo da casa, é uma pessoa
que a gente tem grande respeito, é servidor, inclusive associado da Anasps, nos
recebesse. Talvez pelo fato de que as questões que afetam ao servidor sejam
mais do conhecimento do secretário Gabas, que inclusive já foi ministro da
casa.
O que foi apresentado ao secretário na ocasião?
Foi apresentado ao secretário que a Anasps vai
continuar com a sua luta por uma carreira mais justa para o servidor, mais
técnica, vai brigar pela sua inclusão como carreira típica de Estado.
Apresentou linhas gerais ao projeto para que no segundo momento nossos
técnicos, junto com o técnico do ministério, discutam a proposta apresentada
para que não haja embate político, para que não digam que a Anasps foi ao
Congresso Nacional brigar por uma carreira sem antes conversar com a Casa, que
eu acho bem-vindo pelo o que eles possam contribuir para acontecer, nunca para
impedir.
Qual é o atual andamento dessa proposta?
Essa proposta já está sendo elaborada pelos técnicos
da Anasps. Nós estamos fazendo conversas políticas com alguns líderes do
governo, com algumas lideranças parlamentares para que entendam a proposta,
vejam a grandeza da proposta, vejam que essa proposta não tem só o aspecto do
servidor, mas do engrandecimento da Casa, que entendam que a previdência é o
maior programa de distribuição de renda do país, que tem uma capilaridade muito
grande e que esse programa não pode diminuir. Ao contrário, que aquelas
propostas iniciais de aumento da rede de atendimento, melhoria do atendimento,
que é constante, não fique só na mão de um servidor abnegado que já faz muito
bem, mas que a Casa seja estruturada - que esse servidor contribua mais com
isso, que esse servidor seja motivado e que a carreira seja até atrativa para
novos ingressos. Porque a gente vê muitas pessoas passando no concurso da
Previdência e usando esse concurso como trampolim para outros concursos. Então
o que acontece? Significa que a nossa carreira não é tão atrativa, pelo excesso
de trabalho e baixa remuneração? Então tudo isso tem que ser discutido. A
carreira tem que ter o seu devido valor, devido reconhecimento e que a gente
consiga passar para eles o devido orgulho que a gente tem de ser servidor.
E quais foram as razões que levaram a Anasps a
pleitear, a formular, discutir, elaborar e apresentar esse novo plano de
carreira? A ausência do governo?
Eu não diria ausência do governo, eu diria que falta
de ação do governo. Eu como advogado digo que existe uma ação chamada obrigação
de fazer. Eu acho que a Anasps, como entidade preocupada tanto com o servidor
quanto com a Casa, porque não existe um sem o outro, tudo que a gente entende
que é bom para Casa, que isso vai refletir no servidor a gente faz uma provocação.
Essa provocação, essa discussão, já vem de muito tempo, então nós estamos indo
na frente e chamando o governo para nos acompanhar, que é algo que vai ser
muito bom para a sociedade.
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