quinta-feira, 19 de maio de 2016

Reunião governo e previdenciários. Nada foi esclarecido.

Fotos: Anasps
Os servidores previdenciários saíram da reunião da mesma maneira que entraram: sem respostas. “Não sabemos hoje, com a separação, quem fica no Trabalho e quem fica na Fazenda”, afirmou o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Jânio Macedo. A reunião, que tinha como finalidade acalmar os ânimos dos servidores que se sentem perdidos sem definição a qual pasta são vinculados, não surtiu efeito. E a tranquilidade pedida pelos gestores passou longe do apertado auditório do prédio que hoje é intitulado como Ministério do Trabalho. Mas, cadê a Previdência?

A palavra que defini os servidores nesse momento é insatisfação. Durante as duas horas de conversa, as dúvidas apresentadas faziam referência ao descaso com os funcionários da Casa, que informaram que após a fusão com o Ministério do Trabalho sequer têm uma mesa e uma cadeira para trabalhar. Outra reclamação é em relação as informações do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). Segundo servidores do órgão, todas os dados relacionados aos trabalhos desempenhados pela autarquia saíram dos registros do portal do Ministério do Trabalho e Previdência Social – acessado pelo endereço www.mtps.gov.br e não foram realocados em lugar algum.

“A gente sabe que houve uma série de atropelos. Pedimos desculpas para os servidores que se sentiram ofendidos”, disse Marcelo Caetano, secretário de Previdência. O novo comandante da Previdência afirmou que o governo inicialmente tentou fazer a transição entre os ministérios com “naturalidade”, o que considera que não aconteceu. Mas Caetano afirmou que os servidores terão participação ativa nesse processo de mudança e se comprometeu a comunica-los previamente sobre qualquer alteração referente a função e lotação.

Na conversa, os representantes do governo esclareceram que apesar de não saber ainda qual será o destino final da Previdência e do INSS, nada mais será feito de maneira abrupta. A equipe informou que nesse momento há um esforço sendo realizado entre os ministérios do Trabalho, Fazenda e Planejamento, além da Secretaria de Previdência, para fazer a organização das funções e seus respectivas locais de trabalho. Nenhum prazo para sanar as dúvidas foi estabelecido ou mesmo para a realização de fato das mudanças propostas na Medida Provisória nº726/2016. 

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